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Varejo

Varejo 2021: você sabe o que vem por aí no segundo semestre?

Compras no ecommerce

Ritmo do crescimento econômico ainda depende da velocidade de vacinação, mas você pode fazer sua parte para impulsionar suas vendas e fidelizar clientes.

E já estamos praticamente na metade do ano. Depois de tudo o que aconteceu no primeiro semestre, o que é possível esperar para o restante de 2021? E como sua empresa pode se preparar para o que vem por aí, se posicionando melhor para atender seus clientes e conquistar espaço no mercado?

Os números mostram que ainda existem muitas nuvens no horizonte, mas também há motivos para otimismo. No mês de abril, por exemplo, as vendas dos supermercados brasileiros avançaram 2,77% na comparação anual, em termos reais, e acumulam uma alta de 4,06% nos primeiros quatro meses. Já a confiança dos consumidores, um fator importante especialmente para compras a crédito, subiu em maio pelo segundo mês consecutivo, embora ainda esteja abaixo dos números de fevereiro.

Com o desemprego em níveis altos, o auxílio emergencial vem servindo como apoio para o consumo das classes mais baixas. Ao mesmo tempo, o ritmo da vacinação contra Covid joga as expectativas de recuperação da economia para o futuro (somente 11% da população recebeu as duas doses da vacina até agora). Com tudo isso, é importante estar atento a alguns pontos para ter um bom desempenho no segundo semestre deste ano:

Foque no que é possível controlar

Por mais que o ambiente em Brasília em alguns momentos tenha cara de reality show, nem toda fumaça é fogo. Boa parte das manchetes dos jornais e das discussões nos grupos de WhatsApp tem um impacto limitado sobre o dia a dia dos negócios. Para a decisão de compra em um supermercado ou farmácia, existem outros fatores muito mais importantes que votações e CPIs. Mantenha o foco naquilo que você pode controlar.

O que a macroeconomia diz?

Os grandes números da economia apontam para um dólar mais alto que nos patamares atuais e inflação em alta. Segundo o Boletim Focus, do Banco Central, a expectativa de inflação para 2021 subiu de 5,06% em maio para 5,44% em junho. No mesmo período, a projeção para o dólar em dezembro caiu de R$ 5,35 para R$ 5,30, ainda acima da faixa atual, entre R$ 5,00 e R$ 5,10.

Para os próximos anos, a expectativa do setor financeiro é de juros na casa de 6,50%, inflação em queda e dólar estável. Se a projeção de crescimento de 4,36% do PIB para este ano e de 2,3% em 2022 se confirmar, o Brasil terá dois anos seguidos de crescimento acima de 1,5% pela primeira vez desde 2013.

Recuperação sólida só com vacinação

Para que essa recuperação aconteça, porém, a pandemia precisa ser solucionada. Especialmente no varejo, que vem sendo bastante afetado pelas restrições de horário de funcionamento na pandemia. Por um lado, em 2020 foi pior: as lojas não estão fechadas, os canais digitais já estão mais estabelecidos e o supermercado omnichannel é uma experiência cada vez mais próxima dos clientes.

Depois de um primeiro semestre de vacinação lenta, aparecimento de uma segunda onda de Covid-19 e uma possível terceira onda no inverno, está claro que uma recuperação sólida da economia só vem com uma vacinação mais intensa. Especialmente no setor de serviços, que responde por 70% do PIB. O aumento da vacinação melhorará a disposição da população em utilizar serviços, impulsionando a economia como um todo.

Novos perfis de consumo

Um estudo do Think with Google mostra que existem três perfis principais de consumo no pós-pandemia:

  • Consumo de subsistência: itens básicos para garantir a sobrevivência.
  • Consumo de celebração: produtos que trazem uma sensação de vitória, escape ou indulgência.
  • Consumo de reflexão: compras mais conscientes, de pequenos produtores, em pequenas quantidades, com uma preocupação social e ambiental clara.

Nenhum consumidor está apenas em um perfil de consumo. É muito comum, por sinal, que em determinados momentos o consumidor esteja focado somente na subsistência e busque itens básicos, pelo melhor preço que puder encontrar. Em outras ocasiões, pode buscar um momento de celebração. E tudo pode estar junto e misturado: a compra de um item básico, como arroz, pode ser feita tendo como preferência um produto orgânico, por exemplo.

O grande desafio do varejo é entender os momentos de consumo que o consumidor está vivendo, para se comunicar da melhor forma e se mostrar como um parceiro do cliente. Em um momento de maior valorização do bem-estar, empresas que se mostram empáticas e conscientes saem ganhando.

Inteligência total no marketing

Neste segundo semestre, saber se comunicar com o cliente terá importância total. Cada tipo de cliente exige uma estratégia diferente: aborde seus clientes fiéis de uma maneira, os eventuais de outra (buscando torná-los mais fiéis). Conheça também quem são seus clientes inativos e trabalhe para recuperá-los: atrair novos clientes é cada vez mais caro, o que aumenta o valor de manter os consumidores atuais (mesmo aqueles pouco frequentes).

A pandemia levou o varejo a se digitalizar, e já está muito claro que a qualidade dos dados é a base para a digitalização do varejo. Aplicativos de descontos, promoções personalizadas, réguas de relacionamento diferentes para públicos diferentes: reconheça quem são seus clientes e use a loja física para encantar o consumidor e entregar melhores experiências de compra.

Nesse sentido, o uso de Inteligência Artificial e análise de dados aumenta a conveniência dos clientes. Eles param de perder tempo com promoções que não são interessantes e, com isso, surge uma relação de confiança com as marcas que fazem melhor esse trabalho. Essa é uma grande oportunidade de fidelizar seus clientes.

O uso de sistemas de Inteligência Analítica e gestão do relacionamento com o cliente reduz o Custo de Aquisição de Clientes (CAC), aumenta o valor do cliente ao longo do tempo (LTV) e permite que o lojista faça mais com menos. Com isso, as empresas se tornam mais leves e produtivas. E isso é essencial para crescer ainda mais no segundo semestre deste ano.

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