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E-commerce para farmácia: como inovar com essa tendência?

e-commerce para farmácia

Apesar de limitações legais, as oportunidades trazidas pelo uso de tecnologia podem revolucionar o setor farmacêutico

O varejo online de medicamentos é um dos setores mais relevantes do e-commerce brasileiro. Segundo o relatório Webshoppers, em 2018 o segmento representou 6,8% das vendas e 16,4% do volume de pedidos do mercado nacional. Além disso, o faturamento online das farmácias cresceu 41,6% em relação a 2017, com 51% mais pedidos. Mesmo assim, as possibilidades de crescimento do e-commerce para farmácia são bastante relevantes.

Não é à toa que esse é um dos principais vetores de investimento das redes do setor. Ao mesmo tempo em que as empresas continuam investindo na expansão física, a demanda dos consumidores por conveniência estimula o desenvolvimento de soluções omnichannel e leva a mais investimentos no e-commerce. Entre as oportunidades trazidas pelos canais online no relacionamento com os consumidores estão:

·        Comodidade ao cliente: clientes sem tempo para passar em uma farmácia ou sem meios para se locomover até uma loja têm no e-commerce a possibilidade de adquirir os produtos de que precisam e recebê-los em casa;

·        Aumento das vendas do lojista: com um ponto de venda que funciona 24 horas por dia, a farmácia dá a seus clientes a possibilidade de fazer compras de qualquer lugar, a qualquer hora. O resultado é o aumento das vendas. Não é à toa que, das 20 maiores varejistas online do Brasil, duas são e-commerce de farmácia (Onofre e PanVel);

·        Discrição: nem todo cliente se sente à vontade para ir a uma farmácia física para comprar certos produtos. A opção de comprar online oferece a discrição necessária para a aquisição desses itens.

·        Personalização: a capacidade de análise de dados obtidos online gera oportunidades de entendimento do comportamento dos consumidores e personalização do relacionamento com os clientes.

A oportunidade omnichannel no e-commerce para farmácia

Do armazenamento à distribuição, a venda de medicamentos online precisa atender a algumas exigências legais. Entre elas, é preciso disponibilizar um farmacêutico online para tirar dúvidas e contar também com uma loja física, o que automaticamente faz do omnichannel o único caminho viável para a expansão do e-commerce para farmácia. Mas, no caso dos medicamentos sob prescrição médica, a venda continua limitada às lojas físicas.

Mesmo com essas limitações, o e-commerce para farmácia conta com diversos caminhos para crescimento, especialmente com o uso de tecnologia para incrementar a gestão dos negócios. Afinal, se o consumidor já é omnichannel, o caminho natural para o varejo é acompanhar a evolução de seu público.

Confira algumas vertentes importantes que devem fazer parte de seu planejamento estratégico:

Inteligência Artificial e big data

O Brasil responde por quase 50% dos investimentos em big data da América Latina e o maior uso dessas técnicas se dá no varejo. A análise dos bancos de dados das empresas, com informações de comportamento e vendas de milhões de clientes em pontos de contato online e offline, gera insights relevantes para os negócios. No e-commerce para farmácia, isso permite automatizar a tomada de decisões e gera oportunidades fundamentais para obter ganhos de eficiência operacional.

Integração de estoques

Uma das principais oportunidades de conquista de ganhos estratégicos pelo varejo está na possibilidade de integração dos estoques online e offline para atender ao cliente da forma mais eficiente possível. Quando a informação dos estoques em tempo real é disponibilizada aos clientes, a farmácia se torna ainda mais relevante para os consumidores. Um exemplo é a adoção do sistema de Local Inventory Ads do Google pelo grupo DPSP. A partir da ferramenta, os consumidores podem checar em tempo real no Google Shopping se os produtos desejados estão em estoque, o preço e qual a loja mais próxima de sua localização.

Clique e retire

A compra online, com retirada na loja física, é um grande fator de atração de fluxo para o PDV e estímulo a compras adicionais. E esse é um movimento que já acontece no Brasil: 20% dos consumidores online no País já retiraram suas compras online em lojas físicas pelo menos uma vez. O cliente já entende essa alternativa omnichannel como algo relevante. Agora é a vez do varejo aproveitar a oportunidade para levar o cliente à loja e, então, estimular a compra de produtos adicionais.

No e-commerce para farmácia, uma variação do “clique e retire” é o uso de lockers, ou armários nos quais os produtos são colocados para que o cliente retire no momento conveniente para ele. Em Minas Gerais, a rede de farmácias Araujo utiliza esse sistema. A integração online/offline é um caminho inevitável para o varejo.

Venda por aplicativos

Desde que o Grupo Pão de Açúcar lançou seu aplicativo Meu Desconto, há dois anos, o uso de aplicativos de descontos como meio de fidelização dos clientes se tornou um dos grandes movimentos tecnológicos do varejo. Os bons resultados obtidos pela varejista mostram que o consumidor aceita bem o uso de seus dados comportamentais para receber promoções mais relevantes. Na Rede Pague Menos, o aplicativo Desconto Só Meu registra informações dos 28 milhões de clientes cadastrados e é consultado por 50% dos clientes. Para a personalização das ofertas, a varejista leva em conta todos os produtos adquiridos pelo consumidor nos últimos 12 meses.

Com base no uso contínuo das informações dos clientes e na análise profunda desses dados, a partir de sistemas de Inteligência Analítica, o varejo passa a contar com um recurso fundamental para estabelecer relacionamentos mais relevantes. O e-commerce para farmácia, acelerado pelo uso intensivo de tecnologia como base de uma operação omnichannel, será nos próximos anos um caminho fundamental para o desenvolvimento de operações varejistas de sucesso.

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